A Agência Internacional de Energia (IEA) pintou um painel negro para as próximas duas décadas ao afirmar que a dependência do mundo dos combustíveis fósseis dispara como um foguete em tempos onde as conseqüências das mudanças climáticas podem ser desastrosas. No relatório “Panorama Mundial de Energia 2007”, a IEA identifica os padrões a longo prazo que irão moldar a política energética até 2030.
O carvão retornará, o Oriente Médio e a Rússia aumentarão a influência como fornecedores de petróleo, e os gigantes emergentes China e Índia serão responsáveis pela maior parte da demanda energética. “A tendência na demanda de energia, importação, uso de carvão e emissões de GEE em 2030 no relatório deste ano são ainda piores que as projetadas em 2006”, alerta a Agência, formada por conselheiros de 26 países.
A instituição não deixou muitas esperanças quanto ao aparecimento de tecnologias que muitos acreditam sejam necessárias para a redução significativa das emissões de GEE ao redor do globo. Ao invés disso, o centro de pesquisa prevê que o carvão, uma das mais antigas e sujas fontes de energia, continue reinando na China e Índia em 2030. Estes países já respondem por 45% do uso de carvão no mundo.
“Alinhado com o crescimento espetacular dos últimos anos, o carvão parece ser o que terá o maior aumento de demanda em termos absolutos, dando um salto de 73% entre 2005 e 2030”, afirma a Agência.
A IEA também não apontou uma nova fonte limpa de energia que pudesse fornecer a energia necessária para melhorias nas condições de vida dos mais pobres sem danos ambientais.
O relatório, de 663 páginas, está abarrotado de estatísticas alarmantes baseadas no “cenário de referência” que é de uma tendência do consumo atual de energia continuar sem que os governos implementem nenhuma medida para reduzir a demanda e as emissões de GEE. Sob o atual modelo, a necessidade energética irá aumentar para mais de 50% em 2030, com 84% da nova demanda sendo de combustíveis fósseis.
O relatório inclui ainda outros dois cenários. Um seria de “políticas alternativas” onde os governos colocariam em prática medidas, atualmente sob discussão, para aumentar a eficiência energética e reduzir emissões. Um segundo cenário seria o de “políticas de grande crescimento”, sob o qual as economias chinesas e indianas cresceriam mais que as taxas ‘conservativas’ de 6% por ano. A IEA, no entanto, afirma que mesmo sob o modelo “alternativo” as emissões de dióxido de carbono (CO2) subiriam 25% em 2030 comparada a taxa atual e no modelo de “alto crescimento” seria ainda pior. Uma redução maior nas emissões exige ação política e transformação tecnológica “em uma escala sem precedentes”, diz a Agência.
De acordo com o relatório, as emissões de gases do efeito estufa irão subir em 57% os níveis atuais em 2030, levando ao um aumento na temperatura da superfície de 3ºC.
Com base na projeção de uso energético e esforços para mitigação, a agência projeta que as emissões subam 1,8% anualmente até 2030. Segundo o relatório, em 2030 os maiores poluidores seriam a China, os Estados Unidos, a índia, a Rússia e o Japão.
Traduzido por Paula Scheidt, CarbonoBrasil com informações da IEA e AFP
Fonte: IEA/Agência AFP
O carvão retornará, o Oriente Médio e a Rússia aumentarão a influência como fornecedores de petróleo, e os gigantes emergentes China e Índia serão responsáveis pela maior parte da demanda energética. “A tendência na demanda de energia, importação, uso de carvão e emissões de GEE em 2030 no relatório deste ano são ainda piores que as projetadas em 2006”, alerta a Agência, formada por conselheiros de 26 países.
A instituição não deixou muitas esperanças quanto ao aparecimento de tecnologias que muitos acreditam sejam necessárias para a redução significativa das emissões de GEE ao redor do globo. Ao invés disso, o centro de pesquisa prevê que o carvão, uma das mais antigas e sujas fontes de energia, continue reinando na China e Índia em 2030. Estes países já respondem por 45% do uso de carvão no mundo.
“Alinhado com o crescimento espetacular dos últimos anos, o carvão parece ser o que terá o maior aumento de demanda em termos absolutos, dando um salto de 73% entre 2005 e 2030”, afirma a Agência.
A IEA também não apontou uma nova fonte limpa de energia que pudesse fornecer a energia necessária para melhorias nas condições de vida dos mais pobres sem danos ambientais.
O relatório, de 663 páginas, está abarrotado de estatísticas alarmantes baseadas no “cenário de referência” que é de uma tendência do consumo atual de energia continuar sem que os governos implementem nenhuma medida para reduzir a demanda e as emissões de GEE. Sob o atual modelo, a necessidade energética irá aumentar para mais de 50% em 2030, com 84% da nova demanda sendo de combustíveis fósseis.
O relatório inclui ainda outros dois cenários. Um seria de “políticas alternativas” onde os governos colocariam em prática medidas, atualmente sob discussão, para aumentar a eficiência energética e reduzir emissões. Um segundo cenário seria o de “políticas de grande crescimento”, sob o qual as economias chinesas e indianas cresceriam mais que as taxas ‘conservativas’ de 6% por ano. A IEA, no entanto, afirma que mesmo sob o modelo “alternativo” as emissões de dióxido de carbono (CO2) subiriam 25% em 2030 comparada a taxa atual e no modelo de “alto crescimento” seria ainda pior. Uma redução maior nas emissões exige ação política e transformação tecnológica “em uma escala sem precedentes”, diz a Agência.
De acordo com o relatório, as emissões de gases do efeito estufa irão subir em 57% os níveis atuais em 2030, levando ao um aumento na temperatura da superfície de 3ºC.
Com base na projeção de uso energético e esforços para mitigação, a agência projeta que as emissões subam 1,8% anualmente até 2030. Segundo o relatório, em 2030 os maiores poluidores seriam a China, os Estados Unidos, a índia, a Rússia e o Japão.
Traduzido por Paula Scheidt, CarbonoBrasil com informações da IEA e AFP
Fonte: IEA/Agência AFP
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