terça-feira, 27 de novembro de 2007

Boca no Trombone!

Às vezes, não dá para segurar. Só mesmo o desabafo para protestar e exigir respeito ao meio ambiente.

Destruição do Cerrado
Todo mundo fala sobre o Cerrado, denuncia o desmatamento do Cerrado, promete fazer do Cerrado um patrimônio nacional e o que se vê é outra coisa: a flora, a fauna e as águas do Cerrado estão cada vez mais dilapidadas. A cada ano aumenta a fronteira agrícola, o solo do Cerrado vai sendo ocupado por assentamentos e os discursos continuam. Aliás, discursos de um lado e queimadas de outro. De discursos e boas intenções o inferno está cheio. Até quando?Sérgio B. Filho – Paracatu – MG
Porquês ambientais?
Por que tem tanto abuso no uso criminoso de recursos naturais? Por que tanta gente ocupa os mananciais para lazer ou simplesmente para roubar água para vender? Por que tantas indústrias jogam efluentes nos rios? Por que existe um abuso e pouca racionalidade nos projetos de irrigação? Por que os lixões degradam o solo e o lençol freático... São tantos os porquês e todo mundo sabe que a resposta é simples e direta: porque não existe fiscalização e a impunidade é real. Francis B. Cordeiro – estudante de biologia – São Paulo – SP

Retórica ambiental
O governo brasileiro definiu um pacote antiaquecimento para ser apresentado na reunião de Bali. Só queria entender como o Ministério do Meio Ambiente vai apresentar um pacote de medidas agora em 2007 quando o plano de mudança climática, segunda a ministra Marina Silva, só vai sair em 2008. A retórica continua sendo uma constante da política ambiental. Uma pena!J. Salvador de Assis – Salvador - Bahia

Falta de educação e burrice
Será que as pessoas não percebem que quando elas jogam toco de cigarro na rua, quando jogam chiclete ou papel de bala, enfim, qualquer objeto, todo este lixo vai para os bueiros que seguem, com as enxurradas, para os rios, lagos ou para o mar? Jogar lixo ou toco de cigarro na rua é feio, falta de educação, pouca civilidade e burrice. Se os bueiros são entupidos, a água vai para dentro da sua casa ou de sua loja.Clarisse Maria – São Pedro da Aldeia – RJ

Pacto de vida
O que a floresta amazônica precisa é de um pacto entre governo, sociedade brasileira, empresas e pessoas que habitam a floresta de zerar o desmatamento durante seis anos. Tolerância zero com o desmate. Durante seis anos ninguém vai poder cortar nenhuma árvore.Telmo C. Alencar – Belém - PA
Fonte: Folha do Meio Ambiente

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Dicas: como você pode ajudar o meio ambiente

Evite e denuncie o desperdício de água pública

Denuncie e cobre
Denuncie a um órgão de defesa do consumidor os casos de conserto ou reparo na rede pública onde verificar negligência na execução por parte da firma responsável. Cobre de seus representantes (por meio de cartas, e-mails, telefonemas etc.) medidas que ajudem na preservação ambiental. É seu direito.
Esgoto a céu aberto
Ao notar esgoto a céu aberto sendo lançado em via pública, deve-se exigir providência dos órgãos competentes. Em paralelo, também é muito importante mobilizar a comunidade (associações de moradores, condomínios, etc) e entrar em contato com a imprensa local para que o problema se torne divulgado.
Faça sua parte
Una a comunidade. Atividades comunitárias mobilizam, mantêm ou aumentam o interesse público. Uma boa maneira de fazer com que suas idéias sejam conhecidas dentro da comunidade é reunir as pessoas em associações públicas e promover pequenos eventos como: feira ambiental, plantar sementes, limpar uma nascente, catar lixo no parque etc. Voluntarie-se também para falar em clubes, classes, ONGs e até na escola do seu filho sobre o assunto. Discuta o tema com editores de jornais, rádios e TVs locais.
Fontes: Agência Nacional de Águas; Uniágua; Manual Global de Ecologia

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Uma janela se abre para o mundo das grandes baleias do Pacífico Sul


Primeiros resultados da Trilha das Grandes Baleias revelam detalhes da migração de jubartes rumo à Antártida e empolgam cientistas envolvidos no projeto.
Marcar baleias com sensores, para rastreá-las por satélite, não é uma tarefa fácil. Na verdade, estudar baleias no seu próprio habitat nunca foi fácil, e talvez isso seja o mais estimulante de todo esse trabalho do projeto A Trilha das Grandes das Grandes Baleias. Apesar das muitas dificuldades, os cientistas do projeto conseguiram marcar 20 baleias e seguir sua migração por dois meses. Os resultados foram incríveis.
A Trilha das Grandes Baleias é uma colaboração do Greenpeace e cientistas que trabalham com baleias Jubartes no Pacífico Sul. Com o nosso apoio financeiro, um pequeno grupo de baleias jubartes pode ser estudado e marcado pelo Cook Islands Whales Research e pelo Opération Cétacés, da Nova Caledônia.

A equipe de cientistas conta com nomes renomados como Claire Garrigue, da Operation Cétacés. Ela estuda baleias Jubartes na Nova Caledônia, onde as mesmas se reproduzem. Estima que essa população apresenta menos que 100 indivíduos, e ainda pouquíssimos sinais de recuperação após o período de caça. Há fortes suspeitas de que as jubartes da Nova Caledônia migram para áreas de alimentação, onde estarão sendo objeto de caça científica dos japoneses nessa próxima estação.
Outro nome importante que faz parte do projeto é Nan Hauser, da Cook Islands Whale Research. Ela pesquisa baleias Jubartes e normalmente consegue foto-identificar através da cauda cerca de 60-70 baleias por estação.
Claire pode fotografar uma baleia no sul da Nova Caledônia e em poucas semanas, ou até anos, Nan Hauser pode ver e registrar a mesma baleia a uma milha da costa de Rarotonga (nas Ilhas Cook) apenas com base nos desenhos em suas caudas.
Essas combinações dos desenhos das caudas são muito importantes cientificamente, mas o movimento entre esses dois pontos no tempo e espaço é, ainda hoje, um mistério.
Em agosto e setembro desse ano, Garrigue e Hauser, trabalhando junto com um cientista brasileiro do Instituto Aqualie, conseguiram marcar com sensores 20 baleias jubartes – 12 na Nova Caledônia e 8 nas Ilhas Cook. Todos os cientistas, mais a equipe do Greenpeace e nossos colaboradores e voluntários estavam aguardando ansiosos pelas respostas dos sensores.
“Hoje podemos afirmar que estamos todos muito felizes com o resultado dos sensores, que transmitiram sinais das baleias por dois meses”, afirma Leandra Gonçalves, coordenadora da Campanha de Baleias do Greenpeace Brasil.
"A marcação de baleias por satélite pode nos fornecer informações críticas sobre a estrutura da população e seu comportamento. Embora todos os sensores pararam a transmissão antes de qualquer baleia ter alcançado a Antártida, a informação conseguida nesses dois meses foi sensacional, e mostrou ser mais importante do que os programas de caça científica japonesa têm conseguido”, afirma Leandra Gonçalves.
Das 12 baleias da Nova Caledônia, algumas viajaram da área costeira do sul, pela área oceânica, para um distante banco de corais no sudeste, e algumas baleias permaneceram lá por longos períodos.
Até a realização da Trilha das Grandes Baleias, ninguém tinha idéia da importância da migração oceânica dessas baleias. Garrigue já está planejando um trabalho de foto-identificação e genética para a próxima temporada de reprodução nas Ilhas Nova Caledônia, e os resultados dos sensores podem movimentar esforços futuros para proteger o ambiente dos corais até então desconhecido, e agora com a presença das baleias.
Terra de Moby Dick
Uma dessas baleias surpreendeu a todos, deixou o sul da Nova Caledônia e se deslocou por toda costa oeste, centenas de milhas, para áreas de ilhas e corais conhecida como Chesterfields.
Isso trouxe aos pesquisadores a tona um registro histórico, porque no conhecido Dia de Herman Melville (isso mesmo aquele da história da Moby Dick), Chesterfields era um lugar onde se praticava a caça de baleia “yankee” no século 19. Ou seja, aí está a explicação para a ausência das baleias nessa área por um longo tempo.
Algumas baleias da Nova Caledônia se deslocaram para as Ilhas Norfolk e/ou para a costa norte da Nova Zelândia, preenchendo agora um passo chave no conhecimento prévio nessa população. Os cientistas sempre pensavam que as baleias iam para a Nova Zelândia, mas precisavam dessa confirmação, sobre sua migração.
Os movimentos entre essas duas areas são importantes, porque as baleias não têm mostrado sinais de recuperação dos tempos da caça em nenhuma dessas áreas e assim a ligação entre elas tem significativas implicações para a conservação desses animais.
Em todo esse contexto também pudemos concluir que as baleias marcadas na Nova Caledônia em nenhum momento foram para a Austrália, o que nos dá razões para acreditar que existem duas populações distintas na região.
Surpresa nas Ilhas Cook
O comportamento de oito baleias do grupo de 20 foi uma grande surpresa no entorno das ilhas Cook. Em vez de se espalharem e viajarem em diferentes direções, todas foram juntas para o oeste.
Uma das baleias viajou no sentido de Samoa, enquanto que outras se moveram para um complexo de ilhas e corais próximo à Tonga. Isso pode indicar que as baleias entram nas Ilhas Cook num tipo de 'onda' que as leva para as ilhas do leste, mas os cientistas ainda não podem afirmar - embora os movimentos tem sido observados entre as jubartes fotografadas em uma outra área de reprodução no Caribe.
Uma outra surpresa: nenhuma das baleias da ilhas Cook, diferente das observadas nas ilhas da Caledônia, mostrou qualquer sinal de seguir sentido do continente antártico. A variabilidade desses movimentos, e a consistência com a qual os animais das Ilhas Cook viajaram para oeste, têm importantes implicações para uma variedade de assuntos que seguem desde a estrutura de uma população rara e ameaçada até como esses animais navegam.
Dê nome às baleias
Nos próximos meses, cientistas vão trabalhar em mais detalhes do movimento desses animais, procurando respostas para afirmar se eles têm alguma relação com as características dos oceanos, como corais, correntes, fundo oceânico ou talvez até campo magnético – todos podem ter influência nos mecanismos que levam as jubartes em sua jornada pela imensidão dos oceanos.
Ainda estamos na expectativa para ver se um ou mais sensores voltam a transmitir sinais, mas todas as nossas baleias estão agora em nossa base de dados virtual para pesquisadores do mundo todo. E você pode ajudar a batizar cada uma delas, votando nos melhores nomes que foram escolhidos por internautas de todo o mundo. A votação começa no próximo dia 19 de novembro. Fique atento!
Fonte: Greenpeace Brasil.

Novo Mercado é minoria em sustentabilidade

O primeiro teste já veio e o resultado foi ruim. As companhias listadas no Novo Mercado, que estrearam em meio à explosão das aberturas de capital, foram as mais ausentes no processo de seleção para formação do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). Os administradores dessas sociedades mostraram que, neste momento, o tema não é prioritário.
Ricardo Nogueira, superintendente de operações da Bolsa de Valores de São Paulo, informou que ficou em apenas 30% o percentual das novatas que responderam ao questionário para definição do ISE, enquanto a média geral das demais companhias foi o dobro, 60%. Segundo ele, as recém-chegadas aparentemente estão ocupadas demais com a papelada exigida das companhias abertas para pensar em outra coisa.
Ocorre agora em novembro a definição das companhias que formarão o indicador de sustentabilidade, criado pela bolsa paulista em 2005. Será a 3ª carteira do ISE. A expectativa é que a divulgação ocorra na última semana deste mês, para que o portfólio revisado passe a ser usado como referência já a partir de dezembro. O indicador é feito a partir de uma seleção dentre as empresas emissoras das 150 ações mais líquidas do mercado, com base nas respostas apresentadas num extenso questionário, com mais de 100 perguntas.
Nogueira afirmou ainda que também não será desta vez que o índice alcançará a quantidade potencial de companhias participantes. A Bovespa limitou a 40 o número de companhias no ISE, para que houvesse competição entre elas e, com isso, a contínua evolução dos processos de administração. No entanto, sequer foi possível chegar a esse total. Na primeira edição, 28 empresas compuseram o ISE e, no ano passado, esse número subiu para 34.
O executivo da bolsa apresentou os números durante painel no 8º Congresso do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), que elegeu o tema da sustentabilidade como prioridade para os debates deste ano. Pedro Bastos, presidente do HSBC Investment Banking, que também participou do debate, alertou os administradores: "As instituições estão formando pessoal capaz de avaliar o tema. É preciso estar preparado para conviver com essa realidade".
Ele contou que, neste ano, os trabalhos de formação de liderança do banco tomaram o tema como base. Foram formados seis grupos, com cerca de 10 pessoas cada, para resolver questões sócio-ambientais. A sua equipe atuou na cidade paranaense de Guaraqueçaba, com a finalidade de permitir a convivência entre a exploração do turismo e a preservação ambiental.
O banco administra no mundo todo fundos com patrimônio de US$ 1,5 bilhão dedicados à companhias com boas práticas ligadas à sustentabilidade. No Brasil, as carteiras com esse foco saltaram de um volume gerido de US$ 100 milhões, há dois anos, para US$ 600 milhões, aproximadamente, neste ano. Em breve, informou, um novo fundo com esse foco deve ser lançado no país.
Bastos explicou que a preferência por essas companhias vem da crença que, no longo prazo, haverá diferenciação de retorno, apesar disso não ser perceptível no curto prazo e também não estar presente nas conclusões de estudos acadêmicos da questão. "Acreditamos que há um viés de qualidade de gestão maior nessas empresas. Pensamos que elas se destacam em controle de risco e inovação."
Fábio Barbosa, presidente do ABN Amro Real, destacou que a gestão eficiente de uma empresa, do ponto de vista sustentável, exige que não haja nenhuma dúvida entre os administradores a respeito do retorno embutido em iniciativas com esse foco. "É um falso dilema acreditar que é preciso escolher entre a sustentabilidade e o retorno financeiro", disse.
Na visão do executivo, os departamentos das empresas ligadas à sustentabilidade precisam desaparecer no futuro. "É como qualidade. No começo, as companhias tinham uma área para buscá-la. Hoje, já não há dúvida de que ela é obrigatória e deve estar presente em todo o processo produtivo, seja industrial ou de serviço."
Fonte: Celulose Online / Valor Econômico.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Seis das oito espécies de ursos estão ameaçadas de extinção, dizem cientistas

Pesquisa da IUCN vê risco espacial para espécies asiáticas de ursídeos. Caça ilegal e falta de reservas colocou urso-malaio na lista dos que podem sumir.




Seis das oito espécies de ursos existentes no mundo correm risco de extinção, principalmente na Ásia e na América do Sul, alertou hoje a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla inglesa).
A menor espécie do mundo, o urso-malaio (Helarctos malayanus), passou a ser considerada vulnerável pela Lista Vermelha da IUCN, informou hoje o organismo internacional em comunicado. A lista classifica as espécies de todo o mundo em função do risco de extinção a que estão submetidas.
As populações do urso-malaio, que habitam as terras continentais do Sudeste Asiático, Sumatra e Bornéu, sofreram uma redução de pelo menos 30% nos últimos 30 anos e, segundo a ONG, continuarão desaparecendo nese ritmo.
"Apesar de termos ainda muito para aprender sobre a biologia e a ecologia dessa espécie, temos certeza de que está em problemas", afirmou o responsável da equipe de especialistas em ursos da IUCN, Rob Steinmetz. "O desmatamento reduziu tanto a área quanto a qualidade do habitat do animal. Mesmo nos locais onde seu espaço está protegido, a caça continua sendo uma forte ameaça", acrescentou.
Outras espécies que são consideradas vulneráveis são os ursos-negros e os ursos-beiçudos, ambos da Ásia, assim como os ursos-andinos. Mas o urso que corre o maior risco é o panda-gigante, apesar dos esforços ultimamente feitos na China para sua preservação.
Para a IUCN, é "pouco sensato" assumir que, com menos de 10 anos sob as novas políticas da China para melhorar seu habitat, "as populações de panda possam aumentar substancialmente". Entre as oito espécies de ursídeos existentes no mundo hoje, apenas o urso-negro da América do Norte e o urso-pardo não correm o risco de desaparecer.
O urso-polar, que em 2006 foi considerado uma espécie vulnerável pela IUCN, distingue-se dos outros sete ursos terrestres e tem um grupo especializado diferente, pois tecnicamente é um mamífero marinho. Por isso, a grave situação do urso-polar não foi tratada a fundo na reunião de especialistas em ursos da organização, que ocorreu no fim da semana passada em Monterrey (México).
Fonte: G1

Brasil volta a sofrer pressão internacional pela preservação

Anúncio de novo aumento no desmatamento provoca reações internacionais. Secretário-geral da ONU visitará floresta na semana que vem. Países europeus também manifestaram preocupação. Temor é que expansão dos biocombustíveis aumente degradação da Amazônia brasileira.
Rio de Janeiro, RJ – Após receber por três anos os elogios da comunidade internacional aos esforços perpetrados para conter a degradação da Amazônia, o governo brasileiro voltou a ser alvo de pressões vindas do exterior. Desde que foi confirmado que o desmatamento na região voltou a crescer de forma perigosa em 2007, a ONU, a União Européia e diversos governos nacionais já manifestaram publicamente sua preocupação. O temor internacional é que o início do cultivo em grande escala de matéria-prima para a produção de biocombustíveis, como o biodiesel e o etanol, venha a acelerar ainda mais o desmatamento da maior floresta do planeta.
Com chegada ao Brasil, onde fará sua primeira visita oficial, que foi ontém domingo (11), o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, já sinalizou que seu principal ponto de pauta junto ao governo brasileiro será a Amazônia e os riscos que a expansão dos biocombustíveis pode trazer à floresta. A agenda do sul-coreano, que culminará em um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inclui uma visita a uma usina de produção de etanol e um encontro em Manaus com cientistas e lideranças indígenas que atuam na Amazônia brasileira.
“O objetivo da visita a Manaus e à floresta, feita às vésperas da Conferência de Bali sobre mudanças climáticas, é dar uma clara mensagem política ao mundo sobre a importância da preservação da Amazônia”, disse Ban Ki-moon em Buenos Aires, onde iniciou esta semana seu périplo pela América do Sul e Antártida. Marcada para o mês que vem, a conferência da ONU citada pelo secretário-geral pretende definir quais serão os desdobramentos do Protocolo de Quioto após 2012, quando terminará a primeira etapa do acordo.
A ONU tem dedicado nos últimos tempos especial atenção à Amazônia. Em relatório apresentado no dia 25 de outubro, o relator especial das Nações Unidas sobre o Direito à Alimentação, o sociólogo suíço Jean Ziegler, cita a provável expansão dos cultivos de cana-de-açúcar e plantas oleaginosas no Brasil - e a ameaça que ela traz à Amazônia - como um dos principais motivos de seu polêmico pedido de moratória por cinco anos na produção mundial de biocombustíveis.
Presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês), Rajendra Pachauri foi outro que, há poucos dias, se manifestou publicamente sobre a Amazônia brasileira. O cientista indiano, que defende a criação de “um tratado internacional para garantir a cobertura florestal do planeta”, sabe o quão complexa é a preservação da floresta: “Nos países emergentes, como o Brasil ou a Índia, há muitas pessoas que sequer tem acesso à energia”, disse.
Europa preocupadaA União Européia também já manifestou sua preocupação com a expansão do etanol no Brasil. Em visita ao país realizada no mês passado, a comissária da UE para a Agricultura, Mariann Fischer Boel, deixou um recado claro: “A União Européia não abrirá mão das garantias de que o etanol brasileiro está sendo produzido a partir de fontes ambientalmente sustentáveis. Sem essas garantias, o produto não entrará nos países da comunidade”, disse a dinamarquesa.
Junto com a pressão, os países da Europa acenam com financiamentos a programas de preservação da Amazônia. Através de um banco estatal, o Instituto de Crédito para a Reconstrução (KFW, na sigla em alemão), o governo da Alemanha anunciou a doação de dez milhões de euros para o Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa). O financiamento alemão, que depende somente do aval do Congresso brasileiro para se concretizar, ainda poderá ter contrapartida de igual valor vinda do Banco Mundial.
Outro país europeu a anunciar ajuda ao Brasil é a Noruega, que prometeu investir dezessete milhões de euros na proteção da floresta amazônica nos próximos três anos. O acordo entre os governos dos dois países foi selado no fim de outubro em Oslo, quando a ministra brasileira do Meio Ambiente, Marina Silva, se reuniu com o ministro norueguês Erik Solheim.
Governo ajusta os ponteirosEnquanto sofre as pressões internacionais, o governo brasileiro ajusta os ponteiros internamente. Após algumas declarações desencontradas de ministros acerca da possibilidade de se cultivar cana-de-açúcar para a produção de etanol na Amazônia, o Palácio do Planalto bateu o martelo dizendo que a região estará excluída do zoneamento agrícola e econômico que vai definir quais regiões do país estão aptas a atender à crescente demanda por biocombustíveis em geral.
Esse tema foi motivo de forte divergência no governo depois que o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou no final de setembro que o zoneamento iria “permitir e até incentivar” a chegada da cana na Amazônia: “Em Rondônia, por exemplo, existe uma área devastada e que hoje é pastagem. Nada impede que se plante cana ali”, disse o ministro.
As declarações de Stephanes foram mal recebidas pela colega Marina Silva: “Não interessa ao Brasil que o etanol produzido no país seja identificado com práticas social ou ambientalmente incorretas”, disse a ministra do Meio Ambiente. A polêmica provocou uma reunião de emergência no Planalto, ao final da qual a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, garantiu: “Não se plantará cana na Amazônia nem serão abertas novas áreas de plantio no Cerrado”, disse.

Fonte: Eco Agência.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Dicas: como você pode ajudar o meio ambiente

O que eu posso fazer para evitar o tráfico de animais silvestres?

-Não compre objetos e bijuterias com penas de animais.
-Conheça a Lei de Crimes Ambientais.
-Não compre animais silvestres.
-Denuncie tráfico de animais silvestre à Linha Verde do Ibama – 0800618080
-Passe essa dica adiante.

Dependência do combustíveis fósseis reinará até 2030 - IEA

A Agência Internacional de Energia (IEA) pintou um painel negro para as próximas duas décadas ao afirmar que a dependência do mundo dos combustíveis fósseis dispara como um foguete em tempos onde as conseqüências das mudanças climáticas podem ser desastrosas. No relatório “Panorama Mundial de Energia 2007”, a IEA identifica os padrões a longo prazo que irão moldar a política energética até 2030.
O carvão retornará, o Oriente Médio e a Rússia aumentarão a influência como fornecedores de petróleo, e os gigantes emergentes China e Índia serão responsáveis pela maior parte da demanda energética. “A tendência na demanda de energia, importação, uso de carvão e emissões de GEE em 2030 no relatório deste ano são ainda piores que as projetadas em 2006”, alerta a Agência, formada por conselheiros de 26 países.
A instituição não deixou muitas esperanças quanto ao aparecimento de tecnologias que muitos acreditam sejam necessárias para a redução significativa das emissões de GEE ao redor do globo. Ao invés disso, o centro de pesquisa prevê que o carvão, uma das mais antigas e sujas fontes de energia, continue reinando na China e Índia em 2030. Estes países já respondem por 45% do uso de carvão no mundo.
“Alinhado com o crescimento espetacular dos últimos anos, o carvão parece ser o que terá o maior aumento de demanda em termos absolutos, dando um salto de 73% entre 2005 e 2030”, afirma a Agência.
A IEA também não apontou uma nova fonte limpa de energia que pudesse fornecer a energia necessária para melhorias nas condições de vida dos mais pobres sem danos ambientais.
O relatório, de 663 páginas, está abarrotado de estatísticas alarmantes baseadas no “cenário de referência” que é de uma tendência do consumo atual de energia continuar sem que os governos implementem nenhuma medida para reduzir a demanda e as emissões de GEE. Sob o atual modelo, a necessidade energética irá aumentar para mais de 50% em 2030, com 84% da nova demanda sendo de combustíveis fósseis.
O relatório inclui ainda outros dois cenários. Um seria de “políticas alternativas” onde os governos colocariam em prática medidas, atualmente sob discussão, para aumentar a eficiência energética e reduzir emissões. Um segundo cenário seria o de “políticas de grande crescimento”, sob o qual as economias chinesas e indianas cresceriam mais que as taxas ‘conservativas’ de 6% por ano. A IEA, no entanto, afirma que mesmo sob o modelo “alternativo” as emissões de dióxido de carbono (CO2) subiriam 25% em 2030 comparada a taxa atual e no modelo de “alto crescimento” seria ainda pior. Uma redução maior nas emissões exige ação política e transformação tecnológica “em uma escala sem precedentes”, diz a Agência.
De acordo com o relatório, as emissões de gases do efeito estufa irão subir em 57% os níveis atuais em 2030, levando ao um aumento na temperatura da superfície de 3ºC.
Com base na projeção de uso energético e esforços para mitigação, a agência projeta que as emissões subam 1,8% anualmente até 2030. Segundo o relatório, em 2030 os maiores poluidores seriam a China, os Estados Unidos, a índia, a Rússia e o Japão.
Traduzido por Paula Scheidt, CarbonoBrasil com informações da IEA e AFP

Fonte: IEA/Agência AFP

Petrobras prepara militares para a Antártica

A Petrobras realizou nesta semana, na Baía de Guanabara, treinamento seguido de exercício simulado de vazamento de óleo para preparo dos militares da Marinha do Brasil que servirão na Estação Antártica "Comandante Ferraz", na Baía do Almirantado, na Antártica O treinamento teve início na segunda-feira e terminou hoje (8) com um exercício prático nas proximidades da Ilha de Jurubaíba. O objetivo foi preparar 10 militares da Marinha do Brasil para uma primeira resposta para vazamentos de óleo no gelo. No encerramento, os militares tiveram de realizar a contenção de uma mancha de óleo imaginária. Ao longo dos quatro dias de treinamento, foram realizadas palestras teóricas e, no exercício de hoje na Baia da Guanabara, utilizados barcos, barreiras de contenção, barreiras absorventes, lanchas e recolhedores de óleo.
Os dez militares da Marinha fazem parte de um seleto grupo de brasileiros com o desafio de trabalhar por um ano na Antártica, enfrentando temperaturas que podem chegar a 10° graus negativos no verão e a 40° abaixo de zero, no inverno. O grupo-base é composto pelo chefe, subchefe, médico, cozinheiro, encarregado das embarcações, encarregado de viaturas e tratorista, encarregado de comunicações, eletrônica, eletricidade e o encarregado de motores e lanchas.
A Petrobras é parceira da Marinha no Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), que é desenvolvido desde 1982, com base no Tratado da Antártica. Nele, o Brasil assumiu compromissos internacionais de realizar pesquisa científica e de preservar o meio ambiente antártico, bem como participar do aproveitamento dos recursos naturais da região e dos mecanismos decisórios do Sistema do Tratado. O Programa Antártico Brasileiro promove, de forma interdisciplinar e interinstitucional, pesquisa nas áreas de Ciências da Terra, Ciências da Atmosfera e Ciências da Vida.
As atividades brasileiras na Antártica são desenvolvidas na Estação Antártica "Comandante Ferraz", na Baía do Almirantado, Ilha Rei George, em três refúgios localizados nas Ilhas Elefante, Nelson e Rei George, e a bordo do Navio de Apoio Oceanográfico "Ary Rongel", que substituiu o "Barão de Teffé". O apoio logístico é prestado pela Marinha do Brasil e Ministério da Defesa. O Programa conta ainda para a realização das Operações Antárticas com vôos de apoio realizados por aeronaves da Força Aérea Brasileira e com a doação de combustíveis pela PETROBRAS/MME destinados ao funcionamento do navio, das aeronaves e da Estação Antártica "Comandante Ferraz".
O Programa Antártico Brasileiro tem colocado o Brasil em evidência na comunidade científica internacional, proporcionando condições ao país de participar das discussões sobre o destino daquele continente. Mas, principalmente, tem trazido para o país conhecimentos fundamentais sobre fenômenos naturais que afetam direta ou indiretamente a nossa população e que têm a sua origem nas regiões polares.
Fonte: Petrobras

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Heróis da Terra

Especial da revista Time destaca personalidades que têm dado voz aos principais problemas ambientais do planeta. O físico brasileiro José Goldemberg é um deles (foto: T.Romero)



“A Terra não tem voz – então, alguém deve falar por ela.” Com esse ponto de partida, a revista norte-americana Time decidiu homenagear o que chamou de “heróis do meio ambiente”, homens e mulheres de diversos países que, por suas atuações em diversas áreas, têm destacado e colocado em discussão os principais problemas ambientais vividos pelo planeta.
Um dos escolhidos é brasileiro. Trata-se de José Goldemberg, professor do Instituto de Eletrotécnica e Engenharia da Universidade de São Paulo e presidente da Comissão Especial de Bionergia de São Paulo. Na relação da revista, o físico está na categoria “Líderes e visionários”, ao lado de Al Gore, Mikhail Gorbachev, Angela Merkel, Robert Redford e do príncipe Charles.
No total, divididos em quatro categorias, estão 43 nomes, como Paul Crutzen, ganhador do Nobel de Química de 1995, James Hansen, diretor do Instituto Goddard para Estudos Espaciais, da Nasa, o glaciólogo indiano D.P. Dobhal, o bilionário inglês Richard Branson e a equipe de projetistas do automóvel híbrido Prius, da Toyota.
“Nós os chamamos de heróis, mas eles poderiam também ser chamados de porta-vozes do planeta, um planeta que está ‘com a corda no pescoço’. Por suas palavras e por suas ações, esses heróis ambientais saíram do silêncio e deram voz à Terra. E compete a nós ouvir e nos unirmos a eles”, destacou a Time na apresentação do especial.
No texto sobre Goldemberg, a revista destaca que, na década de 1970, a idéia de usar plantas no lugar de petróleo para a produção de energia era polêmica, para dizer o mínimo. Mas então, dois anos após a crise do petróleo de 1973, entrou em cena o Proálcool.
Três anos depois, Goldemberg foi um dos autores de um hoje histórico artigo publicado na Science, no qual destacava a importância da descoberta brasileira: que era tanto possível como rentável empregar uma fonte de energia limpa, derivada da cana-de-açúcar.
“Aquele artigo foi minha contribuição, ao apontar que a cana não era somente um produto, mas também um combustível – e não um combustível fóssil”, disse Goldemberg à Time.
A revista destaca não apenas o pioneirismo, mas também a liderança brasileira no desenvolvimento e na produção de biocombustíveis. “Dois terços de todos os novos automóveis fabricados no país são modelos flex, que rodam em qualquer coisa de gás convencional ao etanol puro”, disseram os editores. A publicação ressaltou que o etanol ajudou o Brasil a reduzir em 46,6 milhões de toneladas (ou 20%) as suas emissões anuais de carbono.
Para ler a edição especial da Time, clique aqui.

Fonte: Agência FAPESP

Tecnologias simples ajudam a economizar água e energia no banheiro

Por Redação Akatu

Novidades, recém chegadas ao mercado, podem ajudar consumidores conscientes a diminuir as quantidades de água e energia usadas no banheiro, sem fazer muito esforço. São produtos que funcionam de forma simples e surtem um bom efeito.
No banheiro, um dos principais desperdícios é a quantidade de água gasta cada vez que acionamos o botão da descarga. Dois novos lançamentos chegaram para diminuir o desperdício.
A Roca passou a comercializar uma bacia equipada com sistema de descarga com um duplo botão de acionamento. Dessa forma é possível selecionar um fluxo de 3 ou de 6 litros. Segundo cálculos da empresa, a economia poderá chegar a 60% dos gastos cotidianos de água nesta tarefa.
O produto recebeu o Prêmio Planeta Casa 2007, promovido pela revista Casa Claudia, que seleciona inovações do setor de casa e construção que contribuam para a promoção da sustentabilidade e para a conservação ambiental, com o qual o Akatu contribui desde que foi instituído há alguns anos. De acordo com a assessoria de imprensa da Roca, além do novo modelo, todas as bacias fabricadas pela empresa têm a preocupação com a redução do consumo de água.
Assim como a Bacia de descarga dupla da Roca, a nova válvula HydraDuo, da Deca, também permite controlar o volume de água da descarga, com opção de lançamento de 3 litros de água, quando os resíduos são apenas líquidos, e 6 litros para descarga completa.
O fabricante indica uma economia de cerca de 40% nesta função com a utilização do novo produto. A diferença entre os modelos da Roca e da Deca é que o primeiro funciona com descarga de caixa acoplada e o da Deca é uma válvula embutida na parede.
Reciclador água
Outra novidade, com um toque regional, é o recuperador de calor para chuveiros elétricos, desenvolvido pelo tecnólogo José Geraldo de Magalhães, de Minas Gerais. A invenção, de patente nacional, promete economizar 44% dos gastos em energia elétrica no banho e acima de 20 % no total de gastos com energia nas residências.
A economia acontece porque o sistema permite reutilizar o calor gerado durante o próprio banho. “O aparelho é um reciclador de energia”, define Magalhães. O sistema funciona como o barril de chopp que gela a cerveja. Antes de ir para o chuveiro, a água vem pelo encanamento e passa por uma serpentina que está dentro de uma caixa no chão do banheiro. Essa caixa faz o papel do barril, só que em vez de conter gelo, ela contém a água que já foi usada no banho, escorreu pelo ralo e ficou armazenada na caixa. Ou seja, o sistema aproveita o calor da água que vai para o ralo para aquecer a água que está indo para o chuveiro. Desse modo, quando a água limpa chega ao chuveiro, ela já está morna e vai demandar menos energia para ficar quente, no ponto ideal para quem está tomando banho.
A caixa é uma estrutura de plástico reforçado, que mede 58 cm de diâmetro e 4 cm de altura. Ela contém um trocador de calor feito de alumínio, na forma de um encanamento em espiral, que recupera o calor da água quente do banho e aquece, em cerca de 20 segundos, a água limpa no interior do cano. “A água que sai do banho ainda tem energia em forma de calor que literalmente é perdida pelo ralo”, explica o inventor. Com o recuperador, a água quente é reaproveitada.
O novo sistema é produzido pela empresa Rewatt Ecológica, da qual o inventor é sócio, e já está sendo comercializado em projeto social desenvolvido pela CEMIG (Companhia de Energia de Minas Gerais) que prevê a distribuição de 7.000 kits para famílias de baixa renda. Mas, em breve, ele estará disponível para o consumidor comum. “O produto deve estar nas prateleiras no ano que vêm”, afirma Magalhães.
Economizar energia é uma das principais preocupações hoje no país, e em todo o mundo. Segundo um estudo divulgado em julho pelo Instituto Acende Brasil, que representa investidores em energia elétrica, o risco de faltar energia na casa dos brasileiros em 2011 chega a 32%. No outro lado da moeda, de acordo com a agência internacional de energia (IEA), o consumo energético do mundo aumentará em 50% até 2030. Equilibrar oferta e demanda, portanto, é um grande desafio daqui para frente.
Com a água, a preocupação não é muito diferente. Da mesma forma que a energia, o uso da água também precisa ser racionalizado, em especial nos grandes centros urbanos, onde os mananciais não dão conta de atender a população, que não pára de crescer.
Na hora de evitar desperdícios de água e energia, novas tecnologias ajudam, mas é fundamental não esquecer a importância da mudança de atitudes quando utilizamos os recursos do planeta – ou mesmo nosso dinheiro. Um bom exemplo vem do hábito simples de fechar a torneira quando escovamos os dentes. Se 1 milhão de pessoas fechassem a torneira para escovar os dentes durante um mês, a quantidade de água economizada seria o equivalente a cerca de 12 minutos da água que cai pelas Cataratas do Iguaçu – realmente um volume considerável. Imagine, então, a economia conseguida se todos os 10,4 milhões de habitantes da cidade de São Paulo adotassem esse comportamento, no seu cotidiano.
Pensando no bolso, uma família gasta, em média, no Brasil, cerca de R$ 13,85 por mês com a conta de água e esgoto, ou R$166,2 por ano (fonte: IBGE). Parece pouco, mas se a família economizar 20% do consumo e aplicar esse valor mensalmente, vai acumular, ao final de 5 anos, quase mil reais, considerando as taxas de juros de 6% das cadernetas de poupança. Pensando nos gastos com energia elétrica, se a economia for de 25% na conta mensal, nos mesmos cinco anos, seria possível acumular na poupança R$ 740,00.
Além do mais, diminuir o desperdício e usar a água de maneira mais eficiente também ajuda a poupar energia, uma vez que o bombeamento, tratamento e distribuição da água requerem energia a cada etapa.
Por tudo isso, é tão importante repensar nossa relação com o consumo. Adote sempre que possível as novas tecnologias disponíveis no mercado, mas não deixe de avaliar sempre os impactos dos seus atos, seja na compra de bens materiais ou na utilização de recursos da natureza.

Fonte: Envolverde / Instituto Akatu.

Brasil elabora medida para eliminar CFC

Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária propõe abolir aos poucos, até 2011, inaladores para asma que emitem esses gases

RAFAEL SAMPAIO
O Brasil deve adotar, no começo do ano que vem, uma das últimas medidas para atingir sua meta de eliminação dos gases CFC (clorofluorcabonos), que destroem a camada de ozônio. Uma resolução da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), colocada em consulta pública no Diário Oficial da União da semana passada, vai restringir de forma gradual, até 2011, a venda de inaladores contra asma que emitem CFC. Eles devem ser substituídos por outros que não afetem a camada de ozônio, como os que funcionam com pó seco ou com propelente à base de HFC (hidrofluorcarbono).
Só em 2006, os brasileiros utilizaram 3,5 milhões de inaladores com medicamentos para asmáticos. Cerca de 1,7 milhão deles foram importados, embora o país também exporte esses produtos. Aproximadamente metade dos inaladores disponíveis no Brasil usam CFC, segundo o Ministério do Meio Ambiente. Na ANVISA estão registrados 14 remédios em aerossol que lançam mão desses gases como propelente. A restrição vai atingir essencialmente esses medicamentos — quem produzir ou importá-los após 2011 pode arcar com multas de até R$ 1,5 milhão.
A idéia é substituir gradualmente os inaladores no mercado. Como esses produtos têm vida útil muito curta, os usuários não precisarão devolvê-los nas farmácias para substitui-los pelos ecologicamente corretos. “O grande comprador dos produtos é o governo, que tem meios para restringir o consumo em hospitais públicos”, afirma o diretor de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Ruy de Góes. A partir de 1º de janeiro de 2008, o Ministério da Saúde só vai adquirir inaladores sem CFC.
“O problema dos inaladores brasileiros é residual perto do que deixou de ser consumido em CFC nos últimos dez anos”, diz Góes. As emissões de clorofluorcarbonos no Brasil despencaram 95,6% entre 1996 e 2006 — de 10.872 toneladas para 479 toneladas, segundo a Divisão de Estatísticas das Nações Unidas.
Com a proibição do uso do CFC em inaladores, o Brasil cumpre um acordo internacional firmado há 20 anos para a preservação da camada de ozônio, o Protocolo de Montreal. Assinado por 191 países, o documento é considerado um marco nos tratados ambientais, por ter sido bem-sucedido na eliminação das substâncias que destroem o ozônio, como CFC e o brometo de metila, muito usado na agricultura.
O Brasil não importa nem produz clorofluorcarbonos desde o começo de 2007. Todos os setores industriais brasileiros, com exceção da indústria farmacêutica, abandonaram o uso desses gases em seus produtos. A secretária de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Thelma Krug, diz que o consumo de CFC no país, que ainda existe de forma residual, provém essencialmente de eletrodomésticos antigos, como aparelhos de ar-condicionado e geladeiras. O gás emitido é coletado e reciclado para não se dissipar no ar.
O anúncio da consulta pública para a resolução, aprovada pela diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. ocorreu durante o simpósio Efeitos da Destruição da Camada de Ozônio na Saúde: O que temos de fazer?, promovido pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério do Meio Ambiente, com apoio do PNUD, na semana passada.
Quando a ANVISA aprova uma diretriz desse tipo, há uma consulta pública que dura em média 60 dias, para que médicos, laboratórios e outras entidades possam se manifestar. “As contribuições serão estudadas e podem eventualmente mudar alguma coisa no projeto, mas essencialmente a restrição aos inaladores com clorofluorcarbono passa a valer agora”, diz o chefe da Assessoria Técnica da agência, Pedro Ivo Ramalho.
Ramalho considera que “não haverá impacto significativo na indústria farmacêutica porque a medida [de substituir os inaladores] não é uma surpresa”. Segundo ele, há diálogo entre a ANVISA e os grandes laboratórios para que a mudança seja paulatina. Além disso, o prazo de substituição dos inaladores é longo e boa parte deles já não emite mais CFC, de acordo com o chefe da Assessoria Técnica da ANVISA.

Fonte: PNUD Brasil

Secretário Geral da ONU Ban Ki-monn irá discutir dilema dos biocombustíveis no Brasil

Por Claudia Parsons

O secretário Geral da ONU Ban Ki-monn disse na terça-feira que irá discutir como equilibrar mudanças climáticas e segurança alimentar no desenvolvimento dos biocombustíveis durante a sua visita ao Brasil na semana que vem.
Antes da sua viagem à Argentina, Antártica e a Punto Arenas, no Chile, Ki-moon disse que deseja ver com os próprios olhos o impacto do aquecimento global.O medo das mudanças climáticas impulsionou a produção de biocombustíveis no mundo, convertendo alguns cultivos alimentícios para produção de álcool e óleos para abastecer carros e caminhões, aumentando o preço dos grãos. O Brasil se destaca nesse cenário por ser líder no desenvolvimento de tecnologias para combustíveis limpos.
Ki-moon afirma que as fontes alternativas de energia são vitais para a mitigação das mudanças climáticas, assunto prioritário desde que assumiu o cargo.“É verdade que alguns especialistas têm expressado preocupação sobre o possível impacto sobre a segurança alimentar,” avalia. “A eliminação da pobreza extrema também deve ser prioridade; assim como conciliar ou ter um desenvolvimento equilibrado ao lidar com estes assuntos, será muito importante”, define.
“Discutirei este assunto com os líderes brasileiros quando visitar o país e irei conferir pessoalmente”, prometeu. O secretário deve encontrar com pesquisadores e grupos indígenas da região amazônica, além de visitar uma usina de etanol.
Ki-moon está se preparando para a conferência da ONU sobre mudanças climáticas que acontecerá em Bali, Indonésia, em dezembro, onde deverão iniciar as negociações sobre um novo acordo para reduzir as emissões globais de gases do efeito estufa após 2012, quando expira o Protocolo de Kyoto.

Traduzido por Fernanda Muller, CarbonoBrasil, com edição de Sabrina Domingos.
Fonte: Carbono Brasil

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Para comissão climática da UE, China resiste a acordo para reduzir emissões

Enviados europeus afirmam que país quer continuar sem obrigações climáticas. Resistência chinesa, indiana e brasileira é um dos entraves a novo acordo global.

O presidente da comissão sobre mudança climática do Parlamento Europeu (PE), o italiano Guido Sacconi, disse hoje em Pequim que o governo da China mantém sua resistência a um acordo sobre a redução de emissões de gases do efeito estufa após o fim do Protocolo de Kyoto.
"Nos encontros, constatamos algumas diferenças e não houve uma sintonia perfeita. A principal discordância é que a parte chinesa não considera possível um acordo posterior a Kyoto no qual aceite compromissos obrigatórios" sobre a redução de emissões, afirmou Sacconi em declarações à imprensa em Pequim.
O presidente da comissão realizou uma visita de dois dias à China, dentro dos preparativos para a Convenção sobre Mudança Climática das Nações Unidas, em dezembro em Bali, para começar a discutir a possibilidade de um tratado posterior ao de Kyoto, que expira em 2012.
O governo chinês defende a manutenção do modelo do Protocolo, pelo qual os países em desenvolvimento não são obrigados a reduzir suas emissões. De acordo com Sacconi, a maior dificuldade para estabelecer um acordo posterior ao Protocolo de Kyoto é conseguir que grandes potências como os Estados Unidos aceitem metas obrigatórias com a redução de emissões.
A visita também teve a presença de outros integrantes da comissão, como os deputados Anne Laperrouze, Barbara De Brun e Vincenzo Lavarra. Laperrouze disse que uma das grandes discussões em Bali será delimitar se a China, quarta potência econômica do planeta, continua sendo ou não um país em desenvolvimento.
Apesar de o governo chinês ter deixado claro nos encontros com a comissão que não aceitará obrigações a respeito das emissões, ocorreram "indicações de que poderia aceitar outros compromissos nas negociações de Bali", segundo De Brun.
"Acredito que durante as negociações sairá uma aliança entre as partes (China e União Européia)", disse Sacconi, acrescentando que o bloco europeu não quer "bloquear" o desenvolvimento de países como a China, mas favorecer um desenvolvimento que supere "os erros passados", entre eles um sistema de transporte baseado no veículo particular.

Fonte: G1

Desmatamento deixa Brasil entre maiores poluidores

Destruição da floresta gera 855 mi de toneladas do gás em 2006; Brasil só está atrás de EUA, China, Rússia e Japão
Cristina Amorim
O Brasil continua entre os maiores emissores de dióxido de carbono (CO2), o principal gás do efeito estufa, porque mantém taxas elevadas de desmatamento da Amazônia. Segundo uma projeção feita pelo especialista José Goldemberg, do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo, à qual o Estado teve acesso, o País emitiu 1,141 bilhão de toneladas em 2006, das quais cerca de 855 milhões (75%) viriam de mudanças no solo - corte e queimada da floresta. O valor mantém o País em 5º lugar (sem contar a contribuição da União Européia).
A secretária de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Thelma Krug, contesta a informação e diz que o número está superestimado. Em uma projeção feita para o Estado, ela afirma que as emissões em 2006 provenientes do desmatamento da Amazônia girariam em torno de 684 milhões de toneladas de CO2.
Os cálculos feitos pelos dois cientistas não são oficiais e usam como base o primeiro e único inventário brasileiro de emissões de gases do efeito estufa. Ele foi lançado em 2004, mas apresenta um corte do passado, uma vez que usa dados registrados entre 1990 e 1994. “Esse não é um cálculo com valor científico. Porém, mostra que o problema continua o mesmo”, afirma Goldemberg. “Se o desmatamento fosse zerado, o Brasil ficaria na 18ª posição.”
Poucas nações estão na lista dos maiores emissores globais por causa da perda de florestas. O outro caso notável é a Indonésia, que tem derrubado a mata nativa para plantar dendê e alimentar o mercado europeu de biocombustíveis. O maior problema dos outros países, especialmente no Hemisfério Norte, é a geração de energia com queima de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão.
Segundo informações divulgadas ontem pelo Secretariado de Mudança no Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), em Bonn, a emissão total dos 40 países mais industrializados do mundo atingiu 18,2 bilhões de toneladas em 2005, apenas meio bilhão abaixo do nível registrado em 1990.
Pedra no sapato
Ainda que não concorde com o valor apresentado por Goldemberg, a secretária considera que o desmatamento ainda é a principal contribuição brasileira para o agravamento do efeito estufa, e na mesma proporção observada 12 anos antes: responde por 75% do total emitido pelo País. “A proporção é semelhante à do período 1990/1994”, diz.
Conforme o inventário nacional, 96% das emissões líquidas do setor de mudança no uso da terra podem ser creditadas à conversão de florestas em atividades de agricultura e pecuária. O desmatamento é uma importante fonte de emissão porque a vegetação naturalmente armazena carbono. O elemento é estocado em seus tecidos devido à fotossíntese, quando o CO2, o gás carbônico, é absorvido pelas plantas. Quando são cortadas, esse carbono volta para a atmosfera. As queimadas emitem, além de CO2, outros gases-estufa, como o metano (CH4).
Para Goldemberg, não existe justificativa para que a conversão da Amazônia em pasto e plantação mantenha o País entre os maiores emissores do mundo. “Nós sabemos mais agora sobre essas questões do que há 20 anos”, afirma.
A secretária de Mudanças Climáticas diz que o próximo inventário nacional de emissões será divulgado em 2009, com informações coletadas entre 1995 e 2000. Ao contrário dos países desenvolvidos, as nações em desenvolvimento não têm a obrigação de entregar relatórios anuais às Nações Unidas.
Além desse, Krug afirma que o ministério trabalha para entregar, na mesma época, uma estimativa das emissões entre 2001 e 2006. “Queremos incluir a matriz da conversão da terra: o que se perdeu e seu destino, se é uma vegetação perene”, explica. “O projeto está em andamento, com contratos já em execução.”


Fonte:Portal Amazônia / O Estado de S.Paulo.

Ilha brasileira está entre as 30 mais preservadas do mundo

A Ilha Grande, no Estado do Rio de Janeiro, aparece em 30º lugar em uma lista que avalia o grau de preservação de 111 ilhas pré-selecionadas em um estudo feito pela revista americana de turismo e viagens National Geographic Traveller.
O objetivo do ranking foi medir o impacto do turismo sobre as ilhas.
A revista convidou 522 especialistas em turismo sustentável a avaliar ilhas com as quais já estavam familiarizados usando critérios como qualidade ambiental, integridade social e cultural, condição de prédios históricos e sítios arqueológicos, apelo estético, políticas de turismo e expectativas para o futuro.
A Ilha Grande se sobressaiu à média, recebendo o equivalente a uma nota 4 em uma pontuação em que a nota máxima seria 6.
"Um lugar lindo, ainda ricamente florestado, com praias maravilhosas e pequenas comunidades muito charmosas. Sua proximidade com o Rio de Janeiro assegura acesso relativamente fácil. É preciso tomar cuidado para não arruiná-lo", comentou um dos especialistas. "Grande qualidade ecológica e apelo turístico, principalmente porque o turismo é em grande parte local. Não há grandes complexos estrangeiros ou grandes hotéis", disse outro.
Fernando de Noronha
A revista esclareceu que o Arquipélago de Fernando de Noronha não está incluído na pesquisa por não se encaixar nos critérios estipulados pelos pesquisadores.
"Fernando de Noronha já é uma ilha protegida e preservada ambientalmente, não pode ser comparada com as outras analisadas", disse à BBC Brasil o editor de Geoturismo da revista, Jonathan Tourtellot.
Abaixo do Brasil na lista de 111 ilhas está a Sardenha, na Itália, em 31º lugar. E logo acima, na posição 29, está a Ilha Rhode, nos Estados Unidos.
Ilhas localizadas em regiões frias estão em posição de vantagem.
No topo da lista, por exemplo, estão as Ilhas Faroe, na Dinamarca. Em terceiro, está a Lofoten, na Noruega, seguida da ilha Shetland, na Escócia, em quarto lugar. Mas há exceções, e o arquipélago português dos Açores aparece em segundo lugar no ranking.
Em quinto lugar está a Ilha de Chiloé, no sul do Chile.
Fonte: Portal Uai.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Conferência da ONU debaterá dióxido de carbono


Os ministros do Meio Ambiente da União Européia (UE) defenderão que todos os países desenvolvidos devem cortar suas emissões de dióxido de carbono entre 20% e 30% em 2020 com relação aos níveis de 1990. Essa é a posição que o grupo levará para a próxima Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, que acontecerá em Bali, na Indonésia, em dezembro, determinada em uma reunião ministerial.
A UE espera que, na ocasião, sejam debatidas as bases para o acordo global que substituirá o Protocolo de Kyoto, a partir de 2013. A União Européia também defenderá que, a exemplo de seus países-membros, pelo menos 20% da energia consumida em 2020 seja originária de fontes renováveis. Estima-se que os biocombustíveis representam hoje, na Europa, 10% do que é usado em veículos.
Para o comissário europeu para o tema, Stavros Dimas, as negociações em Bali serão difíceis devido à posição americana. Por outro lado, ele espera que países em desenvolvimento, por enquanto livres de metas mandatórias de redução das emissões, apresentem contribuições significativas. Nesse sentido, o documento abre espaço para o fortalecimento de mecanismos financeiros internacionais. O foco é a implementação, pelos países em desenvolvimento, de tecnologias menos danosas ao ambiente e à manutenção de florestas como sumidouros de carbono.

Fonte: Celulose Online / OESP.

Cientista diz que aquecimento é "farsa"

Para Luiz Molion, o efeito estufa existe apenas para garantir a eleição de Al Gore.
O aquecimento global não passa de uma farsa montada por grandes grupos financeiros que dominam a economia mundial. E mais: não há indícios científicos que comprovem essa teoria. Ao invés de aquecimento, o planeta começou a entrar numa fase de resfriamento, que deve durar 20 anos. O resfriamento provocará a redução das chuvas, aumento de geadas no sul do Brasil e até 20% de aumento de secas na Amazônia.
O autor da polêmica idéia, também defendida por poucos estudiosos é o doutor em Meteorologia pela Universidade de Wisconsin (EUA) e representante da América Latina junto à Organização Meteorológica Mundial, o brasileiro Luiz Carlos Baldicero Molion. Ele esteve em Belém na semana que passou, participando da 5ª Amazoníada.
Molion não teme represálias por defender uma idéia que garante ser produto de profundos estudos e afirma que os alarmistas de plantão montaram uma fraude científica cujo objetivo principal seria eleger o ex-vice-presidente norte-americano Al Gore para a Presidência dos Estados Unidos. Gore ganhou no mês passado o Prêmio Nobel da Paz por sua luta contra o aquecimento global. O brasileiro vê contradições na comunidade científica, mas não se diz disposto a encampar 'mentiras' como a do aquecimento global, que, para ele, acabou em 1998, como concordam outros 'cientistas independentes'.
E cita o caso de Robert Carter, investigador do Laboratório Geofísico da Universidade James Cook, da Austrália, no simpósio em Estocolmo, na Suécia, no ano passado. Lá, ele comparou resultados obtidos com cilindros de gelo, da Antártida e da Groenlândia, e sedimentos marinhos da plataforma da Nova Zelândia. De acordo com as análises efetuadas, Carter concluiu que o 'aquecimento global' atingiu o pico em 1998. Desde então, há uma tendência de queda das temperaturas médias do planeta.
Em termos de radiação (aquecimento) a taxa de aumento entre 1993 e 2005 foi de + 0,33W/m2. Já a taxa de arrefecimento (esfriamento) entre 2003 e 2005 foi de -1,01 W/m2. O oceano de onde foram retirados os sedimentos esfriou entre 2004-2005. Carter afirmou que, hoje em dia, um cientista que faça declarações não alarmistas, como a que ele fez em Estocolmo, já sabe que não terá financiamento para suas pesquisas.
Pacífico
O termômetro da temperatura global é o oceano Pacífico, que ocupa 35% da superfície terrestre. Ele passa 30 anos aquecendo suas águas e outros 30, resfriando. De 1977 a 1998, o oceano esteve mais quente. Esse período coincide com o aumento da temperatura média do planeta. Mas, desde 1999, o Pacífico dá sinais de que está esfriando. Como o sol também vai produzir menos energia, a conclusão de Molin é uma só: 'Nos próximos 20 anos acontecerá o período de resfriamento da Terra'.
A prova de que esse resfriamento já está chegando foi que no sul do Brasil e da América do Sul, o inverno foi extremamente rigoroso entre os meses de julho e agosto passado. Seus colegas que trabalham com pesquisa em agronomia relataram que em locais como São Joaquim (SC), a temperatura na superfície chegou a 12 graus abaixo de zero. 'Como é que se vai explicar para alguém que está havendo aquecimento global se ele pega invernos tão rigorosos como esse?', questiona. Ele mesmo produziu um mapa climático provando que, em média, as temperaturas no Centro e no Norte da Argentina estiveram sete graus abaixo do normal entre julho e agosto. Isto só ocorreu porque está havendo o resfriamento.
Por que, então, quem vive na Amazônia, por exemplo, não sente muito essa queda de temperatura? Resposta: ao contrário, o resfriamento tende a reduzir a cobertura de nuvens. Se isso ocorre, entra maior radiação solar e a sensação de quem está na superfície é de temperatura mais alta. Fora dos trópicos, como nos Estados Unidos, Canadá, Europa e Ásia, essas populações irão sofrer mais com o resfriamento nos próximos 20 anos.
Em relação ao consumo de petróleo e à queima de combustíveis fósseis no ar, o Brasil é o 16º colocado, porque grande parte do nosso consumo de energia sai de hidrelétricas. Mas, se o país adicionar a isso a queima de florestas saltamos para o quarto lugar, segundo os defensores do aquecimento global. As queimadas na Amazônia, diante disso, produziriam, com o lançamento de gás carbônico na atmosfera, uma contribuição negativa para o mundo. Molin duvida disso.
Carbono
Mesmo com a destruição de 20 mil quilômetros quadrados por ano de florestas na Amazônia, cerca de dois milhões de hectares, ainda assim a região lança na atmosfera 300 milhões de toneladas de gás carbônico, e não 600 milhões como afirmam entidades internacionais. Esse gás não comanda o clima global, via efeito estufa. E nem o homem pode interferir no clima a ponto de provocar o aquecimento do planeta, como alegam as correntes de cientistas hoje mais badaladas pela mídia.
'Estou comparando o que homem lança na atmosfera com os ciclos da natureza. Se eu pegar os oceanos, os pólos e mais a vegetação do planeta, isto soma um total de 200 bilhões de toneladas de carbono por ano que saem desses reservatórios naturais. O homem coloca no ar seis bilhões de toneladas. Seriam 3% da contribuição humana nisso que muitos cientistas chamam de aquecimento global', avalia.
Os interesses econômicos que ele acusa estarem financiando a campanha 'catastrofista' do aquecimento global possuiriam várias formas de atuação. A indústria automobilística é uma delas. O cientista lembra que desde 1870 é conhecido o projeto do carro com motor movido a ar comprimido. 'Você enche um tanque de ar comprimido e o carro anda sem poluir o meio ambiente, ou seja, sem queimar combustível'.
Esse projeto, informa o professor, foi reativado recentemente por um francês. Ele desenhou um carro para cinco pessoas que atinge até 100 km por hora e tem autonomia de 300 km com o tanque cheio de ar comprimido. A pergunta que Molin gostaria de ver respondida pelas fábricas de automóveis: por que elas não fabricam em larga escala esse tipo de carro? Ele mesmo responde: 'Porque não possuem qualquer preocupação com o meio ambiente'.
Se tivessem, completa, abandonariam a forma tradicional de movimentar os motores de seus carros, toda ela baseada na queima na atmosfera dos derivados do petróleo. O etanol e o biodiesel, como combustíveis limpos, observa, interessam hoje à indústria automobilística para elas criarem uma 'fachada verde', de respeito ao meio ambiente. Com isso, angariam maior simpatia da opinião pública e ainda venderiam mais carros.
Fonte: Carbono Brasil

sábado, 3 de novembro de 2007

Mercado Global de Carbono deve alcançar 100 bilhões de euros em 2020

O mercado internacional de carbono deve chegar a mais de 100 bilhões de euros (144 bilhões de dólares) em 2020, segundo um relatório produzido pela Celent.A empresa de consultoria de Boston prevê um aumento acelerado do mercado global de carbono, o qual já saltou de nove bilhões de euros em 2005 para 23 bilhões em 2006. O mercado irá aumentar novamente para 40 bilhões de euros em 2012, quando a segunda fase do esquema de comércio de emissões da União Européia (EU ETS) e a primeira fase de metas do Protocolo de Kyoto acabarem.Ao mesmo tempo, a Celent espera que os padrões de negociação mudem. Segundo a empresa, 90% das negociações são para mercados futuros ou a termo, mas o balanço irá mudar, aumentando o número de negociações no mercado spot. "Esta situação deve mudar em um futuro próximo ao passo que esquemas mais restritos são implementados, diz o relatório.Além disso, o relatório prevê que as negociações no mercado de balcão (OTC - over the counter), realizadas por brokers irão perder a popularidade. No momento, segundo a Celent, estas transações equivalem a 72% de todas as negociações globais: "Mas esperamos que a negociação eletrônica ganhe a sua fatia do mercado ao passo que o escopo dos esquemas de redução das emissões se expanda e novos participantes entrem no mercado."Mas o relatório diz que o desenvolvimento do mercado está sendo retraído pela falta de informações credíveis sobre o nível atual de emissões, os estoques de Reduções Certificadas de Emissões (RCEs) e os estoques de permissões da União Européia para negociação no EU ETS. (CarbonoBrasil)

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

BLOG DE DEBATE - Concurso IBAMA

Esperamos que este forum possa bombar... Convidem amigos e pessoas que vocês conheçam, que tenham interesse em compartilhar informações sobre o Concurso do IBAMA. Traremos muitas dicas e informações relacionadas a este concurso. Nos vemos por aí!

Califórnia pode virar alvo de erosões e ervas daninhas

Os incêndios florestais podem deixar um legado de devastação ambiental. Os pinheirais podem ficar apenas na memória.

As chamas, que se alastram com a ajuda da ação do vento, e estão provocando enormes lacunas na paisagem do sul da Califórnia, podem deixar mais do que apenas uma trilha de destruição depois que finalmente forem extintas.
Os incêndios florestais, que já ocupam o mesmo território da cidade de São Paulo, podem deixar um legado de devastação ambiental que só poderá ser mais bem avaliado no decorrer dos próximos anos, segundo cientistas, sobretudo nas áreas atingidas por incêndios diversas vezes recentemente. É possível que parte do dano jamais seja sanado.

Ervas daninhas e gramíneas que tomam conta da região poderiam ocupar o lugar de plantas e arbustos nativos, acelerando o processo de erosão e resultando em incêndios florestais mais freqüentes.

Os pinheirais, símbolos para muitas comunidades de regiões montanhosas, poderiam ficar apenas na memória.

Pequenos pássaros, coelhos e outros animais que dependem da vegetação da Califórnia, em acelerado processo de destruição, terão de lutar para conseguir alimento, enquanto algumas espécies ameaçadas de extinção ficarão presas em refúgios cada vez mais comprometidos.
Os cientistas afirmam que demoraria anos para sabermos qual foi a extensão dos danos a longo prazo. Eles dizem ainda que nem tudo está perdido: a natureza reserva agradáveis surpresas.

Os incêndios que atingem San Diego abrangem grande parte do mesmo território devastado durante o incêndio "Cedar Fire", em 2003, região que já havia iniciado o lento processo de restabelecimento.
Com as labaredas desta semana, os arbustos nativos e jovens podem não voltar a crescer porque não estavam maduros o suficiente para terem espalhado sementes. Isso poderia permitir que mais plantas invasoras inflamáveis criassem raízes, como afirmam especialistas.

"Se você deseja se livrar de vegetações nativas, é assim que consegue", disse Rick Halsey, do California Chaparral Institute, enquanto observava uma encosta pegando fogo perto de sua casa em Escondido. "O problema agora é que temos um habitat coberto de ervas daninhas exóticas e que podem se regenerar a cada ano e provocar um incêndio todo ano."
Em meados da semana, o incêndio havia atingido cerca de 426 mil acres, do condado de Ventura até a fronteira com o México, engolindo a vegetação seca que incluía arbustos costeiros, montanhas cobertas de árvores e pinheirais no entorno do lago Arrowhead.

A paisagem natural da Califórnia é estruturada para se beneficiar de incêndios periódicos. Muitas plantas nativas, na verdade, precisam de incêndios para germinar.
No entanto, os incêndios florestais são excessivos, tanto em freqüência quanto em intensidade, em parte devido às condições climáticas mais quentes e mais secas.
Se houver reincidência de um incêndio em uma mesma região no período de cinco a dez anos, as plantas nativas mais resistentes podem não ter a chance de amadurecer e gerar sementes. As gramíneas do tipo ervas-daninhas exóticas que germinam rapidamente têm capacidade de se propagar com mais rapidez do que as nativas teriam para se recuperar.
Como essas gramíneas possuem raízes mais superficiais, isso aumenta a possibilidade de erosão e deslizamentos de terra.
"É como um pugilista que é nocauteado e, em seguida, é nocauteado de novo. Ele tem menos chances de se reerguer", explicou Wayne Spencer, biólogo do Conservation Biology Institute de San Diego, referindo-se às plantas nativas destruídas.

Fonte: G1/GLOBO

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

SÉRIE PARQUES NACIONAIS - Parque Nacional do Caparaó - MG - Brasil

O Parque foi criado em 24 de maio de 1961 pelo decreto federal n.º 50.646, assinado pelo então Presidente da República Jânio Quadros. Abriga o terceiro pico mais alto do país, o Pico da Bandeira. Por volta de 1859, D. Pedro II determinou que fosse colocada uma bandeira do Império no pico mais alto da Serra do Caparaó. Acredita-se que a denominação Pico da Bandeira (2891,9m) se deva a esse fato. As montanhas do maciço do Caparaó apresentam paisagens de grande beleza, existindo também outros picos importantes como o Pico do Cristal (2769,7m. ) e o Pico do Calçado (2.766m).

Fonte: IBAMA 2007

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

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